A beautiful ethnic woman with cancer smiles softly with a contemplative expression as her adult daughter embraces and comforts her. The women are cherishing time together outside at sunset.

Quem cuida também precisa de cuidados: a relevância do papel do familiar durante o tratamento de um câncer

Uma expressão geralmente usada quando nos despedimos de alguém com quem nos importamos é “se cuide”, demonstrando nossa preocupação em querer ver o outro bem.

E no curso natural da vida, conforme nos tornamos adultos, é normal que a responsabilidade com nosso bem-estar físico e emocional realmente seja de nós mesmos. De nos alimentarmos bem, irmos ao médico, praticarmos exercícios físicos…

Mas e quando, por alguma eventualidade, nos tornamos incapazes de exercer esse autocuidado?

O diagnóstico de doenças crônicas e graves, como o câncer, por exemplo, pode mudar a vida de uma pessoa e levá-la a um estado de extrema vulnerabilidade.

De uma hora para outra, aquele indivíduo se vê em uma situação na qual precisa lidar com os efeitos físicos, emocionais e sociais da doença e do tratamento. E diante de todos esses desafios – que não são nada fáceis – como seguir desempenhando todos os papeis e tarefas diárias somadas às questões enquanto paciente, como tomadas de decisões em relação ao tratamento, cuidados pessoais e ainda endereçar questões burocráticas como o agendamento de consultas e exames?

É nessa hora que a ajuda será muito importante e bem-vinda! E pode entrar em cena o cuidador, exercendo um papel-chave na vida do paciente.

Quando falamos da jornada de enfrentamento do câncer, geralmente o cuidador aparece como uma figura fundamental, por ser aquele que vai dividir a carga da doença com o paciente (tanto física quanto emocional), sobretudo quando ele é um familiar ou amigo próximo.

É ele quem vai acompanhar o paciente nas idas ao médico, auxiliá-lo com medicamentos e até assumir as atividades domésticas nos casos em que ambos dividam a mesma casa1.

Na junção das atribuições do cuidado com o vínculo familiar, muitos dilemas podem surgir, entre eles, o de entender até onde vai o limite do papel do cuidador em relação à saúde do paciente.

Luciana Holtz, psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia, destaca que primeiramente é preciso ter em mente que, na maioria das vezes, o familiar do paciente já se vê exercendo esse papel de cuidador para o qual não foi preparado:

“Normalmente esse familiar não tem consciência de que está exercendo mais uma função, a de cuidador”.

A dedicação vivida de forma automática e a sensação de despreparo desse cuidador foi comprovada em uma pesquisa recente realizada pelo próprio instituto, que ouviu 444 cuidadores informais de pacientes oncológicos: apesar da média de dedicação de tempo ao cuidado ser de 74 horas semanais, 33% não se consideram como o cuidador principal e 1/3 relatou que se sente parcialmente ou quase nada preparado para o exercício do cuidado do paciente com câncer1.

Além disso, a pesquisa revelou que as mulheres se mostraram como o sexo predominante quando o assunto é cuidar do outro e enfrentam uma jornada longa e exaustiva: 90% dos respondentes são do sexo feminino e têm, em média, 40 anos e mais da metade dos entrevistados são cuidadores de pacientes com doença avançada ou metastática1.

 

Enfrentar uma doença como o câncer é uma jornada árdua para o paciente e também para os familiares. Se Informar, buscar ajuda e se preparar é fundamental.

No site do Instituto Oncoguia você encontra uma série de materiais com dicas para que os familiares cuidadores desempenhem suas funções da melhor maneira possível ao mesmo tempo que cuidam de si mesmos com responsabilidade.

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Fontes:

  1. Instituto Oncoguia. Pesquisa Oncoguia – Impactos do Câncer na vida dos familiares cuidadores. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/pesquisa-cuidador/16067/172/> Acessado em março de 2023
  2. Instituto Oncoguia. Guia para o familiar de um paciente com câncer. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/espaco-do-cuidador/456/172/> Acessado em março de 2023
Grandmother preparing lunch at home

A alimentação pode impactar a incontinência urinária? Urologista responde

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina que escapa durante os esforços, como tossir ou espirrar, ou ainda na ocasião de uma vontade súbita de urinar (urgência urinária), não dando tempo de chegar ao banheiro1.

Uma dúvida frequente por parte daqueles que convivem com o problema é sobre a alimentação.

Afinal, será que há alimentos que podem auxiliar no controle do quadro de incontinência urinária ou que devem ser evitados?

Segundo o urologista Dr. Marcos Freire, existem medidas comportamentais e dietéticas que podem auxiliar no controle da bexiga, mas um acompanhamento com um profissional especialista na área é fundamental para atingir um bom resultado. “Somente um médico especialista poderá dizer qual é o melhor caminho para cada caso, lembrando que hoje existem diversas formas de controlar a incontinência urinária e devolver a qualidade de vida aos pacientes”.

Confira dicas que podem ser aliadas em reduzir a frequência dos escapes:

Reduza o consumo de cafeína

O café e outras bebidas e alimentos como refrigerantes, chás, bebidas energéticas e o chocolate contém cafeína e podem irritar a bexiga. Como são diuréticas, estimulam a produção de urina e, por isso, seu consumo deve ser controlado. Além disso, estimulam a contração da bexiga, aumentando a sensibilidade da mesma e diminuindo o intervalo entre as micções, trazendo o sintoma de urgência e aumento de frequência de idas ao banheiro 2.

Maneire na ingestão de bebidas alcoólicas

As bebidas alcoólicas também têm um forte poder diurético predispondo a um aumento na produção de urina e, consequentemente, a um aumento na frequência e nos episódios de urgência urinária2.

Mantenha o peso controlado

Essa medida é importante, pois o sobrepeso e a obesidade são fatores associados ao desenvolvimento da incontinência urinária, uma vez que o excesso de gordura abdominal aumenta a pressão sobre a bexiga, forçando a saída da urina2,3.

Diminuição na ingestão de pimentas e derivados

Esses alimentos aumentam a contratilidade da bexiga e podem favorecer a incontinência urinária de urgência4.

Redução ou eliminação do aspartame

O aspartame, ou adoçante artificial, pode piorar os sintomas da incontinência urinária. Uma avaliação individualizada e contínua deve ser realizada em conjunto com o seu médico para melhor manejo dos sintomas5.

Previna a constipação intestinal

Há um número de estudos que demonstraram associação entre constipação, incontinência urinária e bexiga hiperativa. Uma alimentação que leve à constipação pode fazer com que a pessoa não evacue por vários dias e isso pode piorar os sintomas urinários. A constipação intestinal está associada, em grande parte, à ingestão insatisfatória de fibras, má hidratação e falta de atividade física. Por isso, consumir frutas, vegetais, beber água e movimentar-se devem ser colocados na sua lista de hábitos saudáveis5.

Ajuste na ingestão da quantidade de líquidos

Redução na ingestão de líquidos também pode ser uma medida que pode ajudar a diminuir significativamente a frequência e a urgência dos episódios de incontinência urinária5.

Informe-se e envolva-se em seu tratamento

Por último, e não menos importante, está a sua participação ativa durante o tratamento. Além de se emponderar, a atitude é fundamental, sobretudo quando estamos falando de intervenções relacionadas às mudanças comportamentais e de estilo de vida. Melhores resultados são alcançados quando você entende com o que está lidando e que se trata de uma condição possível de ser controlada5.

Lembre-se que você deve discutir suas opções de dieta com um médico habilitado para isso. Juntos, vocês poderão identificar a causa e o tipo de incontinência urinária e estabelecer a melhor forma de tratar o problema. Trato feito?

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Fontes:

  1. Ministério da Saúde. Incontinência urinária. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/incontinencia-urinaria/> Acessado em julho de 2022
  2. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Incontinência Urinária Não Neurogênica. Disponível em: <http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2019/Relatrio_-Incontinncia_Urinria_no_Neurognica_CP_47_2019.pdf> Acessado em julho de 2022
  3. Universidade Franciscana (UFN). Sobrepeso e obesidade em mulheres com incontinência urinária e a repercussão na qualidade de vida. Disponível em: <https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/2390>Acessado em julho de 2022
  4. Universidade de São Paulo (USP). Atuação do enfermeiro no manejo da incontinência urinária no idoso: uma revisão integrativa. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/reeusp/a/L9n8Zzf4k3Yk7BwQ3PTTtNG/?lang=pt> Acessado em outubro de 2022
  5. Can Urol Assoc J 2017;11(5):E142-73. http://dx.doi.org/10.5489/cuaj.4586
Portrait of senior man

Conheça os medos mais comuns relacionados ao tratamento do câncer de próstata e veja como é possível viver mais e melhor.

O câncer de próstata é o tipo de tumor mais frequente entre os brasileiros depois do câncer de pele não melanoma1.

Também é um dos que mais geram inseguranças e dúvidas, as quais surgem desde o momento de realizar os exames de rotina até a fase de tratamento da doença.

Isso porque o órgão tem uma relação direta com a sexualidade, um assunto que está intimamente relacionado à qualidade de vida, autoestima e bem-estar e, por isso, é uma das preocupações mais comuns dos pacientes.

Muitos acreditam que não conseguirão levar uma vida normal após o diagnóstico. Mas viver com qualidade de vida durante o tratamento do câncer já é uma realidade, graças aos avanços da medicina nos últimos anos.

Confira quais são algumas dessas principais questões:

VOU TER DISFUNÇÃO ERÉTIL CASO DESCUBRA A DOENÇA E PRECISE DE CIRURGIA?

A ocorrência de disfunção sexual vai depender de diversos fatores como estágio da doença, idade, tipo de tratamento e comorbidades. Em muitos casos, a condição é provisória e reversível. Hoje em dia há muitos tratamentos que podem auxiliar na vida sexual e o tratamento de câncer não deve ser postergado em função dessa preocupação2.

DURANTE O TRATAMENTO, NÃO VOU TER DISPOSIÇÃO PARA FAZER NADA?

A medicina vem avançando nos últimos anos e já existem opções de tratamento cujos efeitos adversos são muito mais brandos e permitem que o paciente mantenha a sua rotina normalmente. No entanto, é essencial que médico e paciente conversem abertamente sobre alterações observadas durante essa fase, como sentir falta de energia persistente, ou a fadiga. Aqui, um ponto importante é saber diferenciá-la do cansaço: enquanto esse é um sintoma pontual e comumente relacionado à alguma atividade realizada ao longo do dia, a fadiga está relacionada à falta de energia generalizada para realizar até atividades simples. Saber identificar a diferença é importante para a definição de uma estratégia que vai ajudar no manejo desses sintomas2.

Algumas dicas para melhorar a fadiga durante o tratamento de câncer são:

– Pratique atividades físicas e mantenha uma boa alimentação: ter uma rotina de exercícios, além de segura, é possível durante o tratamento do câncer e pode melhorar o desempenho físico e a qualidade de vida do paciente3. Associar o hábito a uma alimentação equilibrada também pode ajudar no aumento de disposição e energia2. Lembre-se de nunca iniciar uma dieta ou atividade sem antes consultar o seu médico, viu?

– Dedique-se a atividades que gerem bem-estar e relaxamento: separar um tempo para realizar práticas que você gosta, como ouvir música, ver um filme, conversar com familiares e amigos, é extremamente importante para te ajudar a organizar os sentimentos que surgem durante o período.

Ao longo de toda a jornada, é fundamental que você mantenha um diálogo aberto com seu médico e, caso identifique problemas na vida sexual ou sintomas persistentes como a fadiga, comunique-os imediatamente. Somente um profissional especializado poderá dizer qual será a melhor estratégia para cada caso. Em alguns deles, o fator emocional deve ser levado em consideração, dado o impacto que a notícia pode causar na vida do paciente. A depressão, por exemplo, pode gerar falta de disposição e ser confundida com a fadiga e o cansaço2.

Lembre-se que o melhor caminho é diagnosticar a doença precocemente! Para isso, dá uma olhada no conteúdo que produzimos sobre os fatores de riscos e sintomas do câncer de próstata 😉

Fontes:

  1. MINISTÉRIO DA SAUDE. Saúde do homem: prevenção é fundamental para uma vida saudável. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/saude-do-homem-prevencao-e-fundamental-para-uma-vida-saudavel-2/. Acessado em outubro de 2022
  2. SBU (Sociedade Brasileira de Urologia)
  3. Atividades Físicas e o Paciente com Câncer. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/atividades-fisicas-e-o-paciente-com-cancer/1919/22/Acessado em outubro de 2022.
Checkups

O poder das campanhas para o diagnóstico precoce do câncer

Os avanços da medicina e as novas tecnologias para o combate ao câncer são motivos de comemoração, mas ainda é preciso vencer a batalha contra o diagnóstico tardio da doença, que contribui para que seu índice de mortalidade seja cada vez maior1.

Considerado o maior problema de saúde pública no mundo, o câncer está entre as quatro principais causas de morte antes dos 70 anos de idade na maioria dos países. Um dado alarmante, né? Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que no Brasil, entre 2020 e 2022, surgiriam a cada ano 625 mil novos casos da doença, sendo mais incidentes o câncer de pele não melanoma (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada)2.

Um grande aliado neste cenário é a informação. Confira abaixo como as campanhas têm o poder de ajudar em diferentes momentos da jornada do paciente, inclusive, no diagnóstico.

A incidência do diagnóstico tardio do câncer cresceu no Brasil

Mesmo com os impactos da pandemia da covid-19 na realização de exames de diagnóstico e monitoramento3, o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu cada vez mais pessoas: uma pesquisa do DATASUS, realizada desde 2008, apontava até pouco mais de 150 mil novos pacientes por ano com a doença; dez anos depois, segundo o mesmo levantamento, essa quantidade passou para mais de 200 mil brasileiros anualmente, mantendo-se constante mesmo durante o período pandêmico4. Por outro lado, a intervenção terapêutica ainda tem iniciado com atraso: em 2021, 62% dos pacientes iniciaram seus tratamentos em estágio avançado da doença4. Em 2008, esse número foi de 53%. Fatores como esse podem ser decisivos na jornada contra o câncer.

 

Entre as causas que contribuem para o aumento na quantidade de óbitos pela doença estão o envelhecimento, o predomínio dos fatores de risco para cada tipo de câncer e a falta de iniciativas eficazes para incentivo à prevenção e, principalmente, o diagnóstico precoce.

Campanhas de conscientização podem contribuir para a melhora do cenário no Brasil

É necessário que toda a população saiba a importância da busca por ajuda especializada e da realização check-ups de saúde periódicos, além de ter acesso a informações que ajudem a identificar possíveis sinais da doença em estágio inicial. Com o diagnóstico precoce, será mais viável realizar o tratamento adequado para cada caso e, possivelmente, ajudar a reduzir o índice de óbitos causados pelo câncer no país.

Uma alternativa eficiente para atingir esse objetivo é levar conscientização sobre o câncer, como fazemos aqui na Trato Feito com a Saúde.

Por aqui, você encontra conteúdos sobre saúde e hábitos saudáveis para pessoas de todas as idades. Com a meta de levar informação de qualidade a ainda mais pessoas, também estamos presentes no Facebook e no Instagram. Segue a gente por lá! 😉

Clique aqui e leia nossos artigos sobre saúde, cuidados e atividade física.

 

Heart Shape with doctor

Doação de medula óssea: tire todas as suas dúvidas!

Você sabia que o transplante de medula óssea (TMO) pode ser indicado como forma de tratamento para cerca de 80 doenças, dentre elas, a leucemia mieloide aguda (LMA)?1

Segundo o REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), o número de doadores voluntários tem aumentado nos últimos anos, porém, cerca de 650 pessoas ainda aguardam por um transplante2.

Por isso, preparamos um guia para você ver como é fácil se tornar um doador e tirar todas as suas dúvidas em relação ao procedimento.

Como se tornar um doador?3

O passo a passo para se tornar um possível doador é simples:

  1.  Procure o hemocentro do seu estado.
  2. Lá você preencherá uma ficha com informações pessoais e será retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml) – não esqueça de levar o documento de identidade!
  3. O seu sangue será analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas.
  4. Os seus dados pessoais e o tipo de HLA serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
  5. Quando houver compatibilidade, você será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é muito importante manter os dados sempre atualizados!
  6. Para ser considerado um doador apto, serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade uma avaliação clínica de saúde.

 

Quais são os requisitos?

Para fazer parte do banco do REDOME, você precisa:

– Ter entre 18 e 35 anos de idade.

– Estar em bom estado geral de saúde.

– Não ter doença infecciosa ou incapacitante.

– Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

 

Uma vez achado um paciente que seja compatível, o procedimento para a doação acontece sem complicações. Veja abaixo!

 

Como será realizada a doação, no caso de eu ser compatível com algum paciente?4

Existem duas formas de realizar o procedimento e eles são mais simples do que se imagina:

– Cirurgia: sob anestesia peridural ou geral, a medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções. O procedimento leva em torno de 90 minutos e requer internação de 24 horas. A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.

– Coleta por aférese: o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco – células mais importantes para o transplante de medula óssea. Após esse período, a doação é realizada por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia.

Importante destacar que somente um médico poderá decidir qual método de doação será mais adequado e benéfico ao paciente e a escolha dependerá de alguns fatores como tipo da doença e a fase que ela se encontra5.

Doar medula óssea pode deixar a pessoa paraplégica?

Existe um mito de que doar medula óssea pode deixar a pessoa paraplégica, porém não há chances de isso acontecer e a explicação é simples: a medula espinhal e a medula óssea são totalmente diferentes. A medula óssea é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos (conhecida popularmente como o tutano do osso). Já a medula espinhal tem a função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo6.

 

Pode doar medula óssea mais de uma vez?

A reposta é sim! Não há uma quantidade máxima de vezes que uma pessoa pode doar. Isso acontece porque as células se renovam, aproximadamente, a cada 30 dias1.

 

Viu como o procedimento é simples e seguro?

Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação. Além disso, no caso do doador sentir algum desconforto localizado nos primeiros dias após a realização do procedimento, eles podem ser amenizados com o uso de analgésicos e medidas simples4.

Clique aqui e encontre agora mesmo o hemocentro mais próximo de você!

 

Fontes:

  1. Doação de medula óssea. Disponível em: <https://revista.abrale.org.br/doacao-de-medula-ossea/> Acessado em agosto de 2022
  2. REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Dados. Disponível em: <http://redome.inca.gov.br/o-redome/dados/> Acessado em setembro de 2022
  3. REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Como se tornar um doador. Disponível em: <http://redome.inca.gov.br/doador/como-se-tornar-um-doador/> Acessado em agosto de 2022
  4. REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Como é feita a doação. Disponível em: <http://redome.inca.gov.br/doador/como-e-feita-a-doacao/> Acessado em agosto de 2022
  5. Como é feita a doação de medula óssea. Disponível em: <https://ameo.org.br/como-e-feita-a-doacao-de-medula-ossea/> Acessado em agosto de 2022
  6. REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Perguntas e respostas do doador. Disponível em: <http://redome.inca.gov.br/doador/perguntas-e-respostas-do-doador/> Acessado em agosto de 2022
Father hugging son (4-6)

Como educar os filhos longe dos tabus que comprometem o cuidado com a saúde?

Ainda que o conceito de masculinidade venha sendo atualmente contestado, há um longo caminho a ser trilhado para que os homens entendam que precisam cuidar da sua saúde.

Estereótipos de gênero, valores patriarcais e conceitos ultrapassados sobre o que significa “ser homem” ainda prevalecem em nossa sociedade e fazem com que muitos não abracem suas vulnerabilidades e achem que seu valor está em se mostrar forte o tempo todo.

E, se pararmos para refletir, o ato de se cuidar é um hábito que deve começar já na infância. As pessoas do sexo feminino, por exemplo, costumam visitar um médico regularmente a partir da primeira menstruação.

E nessa dinâmica, como ficam quem é do sexo masculino? Você que tem filhos, busca educá-los para que sejam responsáveis pela própria saúde?

Os pais são a primeira referência da criança e, embora todo o processo de educação dos filhos seja complexo, eles serão determinantes para o tipo de pessoa que se tornarão no futuro.

Portanto, é fundamental que, desde pequeno, eles sejam ensinados sobre a importância do autocuidado, de se alimentar bem, praticar atividades físicas e de ir ao médico, mostrando que essa é uma responsabilidade que, no futuro, será dele.

Para isso, a participação efetiva do pai com os cuidados dos filhos é crucial para que a criança não crie a percepção de que o cuidado – tanto do outro quanto de si mesmo – vem apenas da mãe ou das figuras femininas à sua volta.

Sempre que possível, cerque-os de boas referências e mostre que você também cuida da sua saúde.

Além disso, lembre-se de incentivá-los a demonstrar suas emoções e sentimentos. Para os meninos se passa a ideia de que são mais fortes e resistentes, o que faz com que sintam dificuldades de se expressar quando algo não vai bem.

Gostou das dicas? Compartilhe com todos os papais e mamães de meninos para que cada vez mais homens se tornem protagonistas do seu cuidado!

Elderly couple smiling and hugging

Leucemia mieloide aguda: jornada dos pacientes e seus cuidadores.

Segundos dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2100, 40% da população brasileira serão de pessoas idosas. Como comparação, em 2010, a proporção dos indivíduos acima dos 60 anos era de 7,3%1.

E por que essa informação é relevante? Pois isso pode significar um potencial aumento de doenças relacionadas ao envelhecimento, como os tipos de cânceres que são mais incidentes conforme o avanço da idade, tal como a leucemia mieloide aguda (LMA)2.

Estamos falando de uma doença debilitante, já que, para vencê-la, os pacientes precisam enfrentar uma jornada de tratamento exaustiva, que envolve idas frequentes ao hospital, rotina de exames, além da necessidade de lidar com mudanças emocionais e até mesmo sociais.

Dentre os sentimentos relatados por pacientes diagnosticados com LMA que foram entrevistados por um estudo provido pela Astellas, evidenciou-se3:

  • Choque emocional: por ter de lidar com uma doença que não dá sinais e acontece subitamente.
  • Sensação de isolamento social: muitas vezes, o tratamento para leucemia requer que os pacientes fiquem isolados, pois estão enfrentando uma doença maligna que ataca as células de defesa do organismo (glóbulos brancos), inibindo sua habilidade de proteção contra infecções por bactérias e vírus.
  • Dificuldade de expressar seus sentimentos: já que quem recebe um diagnóstico de uma doença grave coloca como prioridade, naturalmente, sobreviver a ela.
  • Permanente inquietação: com medo de ter uma recidiva, ou seja, o reaparecimento da doença.

 

E quem cuida desses pacientes?

O câncer é uma doença que, por si só, já exige muita força e coragem por parte daqueles que a enfrentam. Quando esse paciente possui idade avançada, o cenário pode ser ainda mais delicado, visto que, além de ajuda emocional, muitas vezes, esses pacientes podem apresentar outras comorbidades, fazendo com que a jornada de tratamento da LMA seja ainda mais complexa.

Segundo o estudo “Cuidadores do Brasil”, 59% dos cuidadores familiares têm 50 anos ou mais e 27%, ao menos 60 anos. Em outras palavras: é uma geração de idosos cuidando de outros idosos. Além disso, 34% dos familiares dizem que não se revezam com outro cuidador4, demonstrando a rotina exaustiva enfrentada por quem assumiu zelar pela saúde do outro.

Outro dado que chama a atenção é o predomínio do sexo feminino no papel de quem cuida, seja exercendo a função como familiar – das quais 91% são mulheres -, ou profissionalmente – representando 83% das entrevistadas4.

 

Avanço no tratamento de LMA

Graças ao avanço da medicina nas últimas décadas, hoje, já existem medicamentos para os tipos mais graves de leucemia, como a LMA5, propiciando uma significativa melhora no tratamento da doença e da qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.

Continue navegando no nosso blog para saber mais sobre a LMA, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos e nos siga nas redes sociais!

 

Fontes:

  1. IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Projeções indicam aceleração do envelhecimento dos brasileiros até 2100. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38577&catid=10&Itemid=9> Acessado em março de 2022.
  2. INCA (Instituto Nacional de Câncer). Leucemia: tipos e subtipos. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia> Acessado em março de 2022.
  3. Life with Acute Myeloid Leukaemia. Disponível em: <https://behindaml.com/> Acessado em março de 2022.
  4. Instituto Lado a Lado pela Vida. Cuidadores do Brasil. Disponível em: <https://ladoaladopelavida.org.br/wp-content/uploads/2021/09/pesquisa-cuidadores_digital.pdf> Acessado em março de 2022.
  5. De Kouchkovsky I, Abdul-Hay M. Blood Cancer J. 2016 Jul 1;6(7):e441.

 

Portrait of a distressed woman suffering from health issues and urinary incontinence. Young woman with a urinary tract infection

Por que é importante saber o que são LUTS?

Você já parou para pensar na importância do nosso sistema urinário? Ele é responsável pela produção (rins), transporte (ureteres), armazenamento temporário (bexiga) e eliminação da urina (uretra), combinação essa que garante a eliminação de substâncias tóxicas e em excesso do nosso corpo1.

 

Ilustração do sistema urinário

 

Os LUTS (ou sigla em inglês para Lower Urinary Tract Symptoms) é um termo que funciona como “guarda-chuva” para nomear um grupo de sintomas do trato urinário inferior, e que apesar de ser uma sigla desconhecida, é muito comum entre os brasileiros, afetando 59% das mulheres e 40% dos homens acima dos 40 anos2.

Quais são esses sintomas?

Sabe aquela vontade de ir ao banheiro toda hora? Ou aquele escape de xixi que acontece durante a prática de atividades rotineiras, como ao se exercitar, ou até tossir? Pois esses são alguns dos sinais que caracterizam os LUTS.

A maioria dos pacientes apresenta uma combinação de sintomas, que podem ser classificados como de armazenamento, esvaziamento e pós-miccionais3,4,5:

Armazenamento:

  • Vontade constante de urinar (mais de 8 idas por dia).
  • Acordar muitas vezes para fazer xixi.
  • Desejo súbito de urinar, difícil de adiar – mesmo com volumes baixos de urina na bexiga.
  • Incontinência urinária (perda urinária involuntária).

Esvaziamento:

  • Hesitação (demora para iniciar o jato de urina).
  • Intermitência (jato de urina “cortado”, que para e recomeça).
  • Jato fraco.
  • Esforço miccional (necessidade de esforço para gerar o jato de urina).
  • Gotejamento terminal (gotejamento ao final da micção).
  • Jato urinário disperso.
  • Dificuldade de iniciar o jato.

Pós-miccional:

  • Sensação de esvaziamento incompleto (sensação de não ter esvaziado a bexiga completamente ao final da micção).
  • Gotejamento pós-miccional (gotejamento de urina nas roupas íntimas após terminar a micção).

 

Quais são as possíveis causas?

É importante lembrar que os LUTS não configuram uma doença, mas sintomas que podem ser causados por elas, ou até por condições do próprio indivíduo, como o envelhecimento. Alguns problemas de saúde que podem estar associadas aos sintomas do trato urinário inferior são6:

 

Como é feito o diagnóstico e quais são os possíveis tratamentos?

Para iniciar o tratamento, o médico especialista – que neste caso é o urologista – irá analisar a causa, a intensidade dos sintomas e o quanto eles estão incomodando6.

Em alguns casos, exercícios para fortalecer o assoalho pélvico e mudanças de estilo de vida, que incluem evitar o consumo excessivo de líquidos, melhorar o funcionamento do intestino ou fazer a manutenção do peso, podem ajudar6.

O controle do diabetes e de condições cardiovasculares também é importante, assim como o tratamento com medicamentos, que atuam na redução dos sintomas. Nos casos mais graves e que não respondem ao tratamento, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias6.

 

Impactos na qualidade de vida dos pacientes

Os LUTS causam problemas que vão além do desconforto físico, eles afetam o emocional e o psicológico, podendo causar depressão e reclusão, os quais impedem os pacientes de levarem uma vida regular. Muitos deles são resistentes em buscar ajuda médica, justamente por acharem que é algo natural da idade ou por sentirem vergonha.

Por isso, não hesite em procurar ajuda de um profissional caso sinta que exista alguma mudança no seu padrão de micção. Não deixe que momentos importantes sejam interrompidos por conta da vontade constante de ir ao banheiro.

Trato feito?

 

Fontes:

  1. Sistema Urinário. Aula de Anatomia. Disponível em: <https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-urinario/ > Acessado em março de 2022.
  2. Soler R et al. The prevalence of lower urinary tract symptoms (LUTS) in Brazil: Results from the epidemiology of LUTS (Brazil LUTS) study. Neurourol Urodyn. 2018;37(4):1356–1364.
  3. Abrams P et al. Urology 2003; 61:37-49.
  4. Oelke M et al. EAU Guidelines on the Management of Male LUTS. Feb 2013.
  5. Andersson KE. Urology 2003; 62:3-10.
  6. Campanha Dúvida Tem Cura. Portal da Urologia. Disponível em: < https://portaldaurologia.org.br/publico/campanhas/campanha-awareness-luts/> Acessado em março de 2022.

 

Asian woman having painful holding hands pressing her crotch lower abdomen isolated on background.

Conheça as condições que podem estar associadas à incontinência urinária

Perda involuntária de urina é um problema que tem tratamento.

Você já parou para pensar que, se não fossemos seres capazes de segurar o xixi, provavelmente não teríamos chegado até aqui? Afinal, demarcar território com rastros de urina, naturalmente, atrairia predadores e atrapalharia toda evolução da espécie humana.

Não à toa, a nossa bexiga foi feita para segurar as pontas.

Por isso, experienciar escapes de xixi não é normal e pode significar que você sofra de incontinência urinária, uma condição que chega sem dar aviso, independentemente da idade, pois apesar de ser um problema associado ao envelhecimento, a perda de xixi involuntária pode ocorrer em crianças, jovens, adultos e idosos, tanto em homens quanto mulheres.

O impacto emocional na vida de quem sofre com a situação é grande, pois, por medo de não conseguirem controlar a bexiga, passam a evitar momentos de convívio social. Além disso, o constrangimento em falar sobre o assunto e a falta de informação, muitas vezes, levam os pacientes a conviverem com o incômodo sem procurarem por uma solução.

A incontinência urinária tem tratamento e pode estar associada a diferentes condições, portanto, o primeiro passo para tratá-la é investigar sobre suas possíveis causas. Veja algumas delas:

Bexiga hiperativa

A bexiga hiperativa é uma síndrome clínica que acontece quando há uma vontade súbita e urgente de urinar (urgência), ocasionando idas frequentes ao banheiro ao longo do dia e à noite (frequência). Por causar dificuldade de controle do momento e da quantidade de urina, a condição pode ter relação com a incontinência urinária (perda involuntária de urina).

Hiperplasia prostática benigna (HPB)

O aumento da próstata, denominado de hiperplasia prostática benigna (HPB) , é uma alteração comum que afeta a maioria das pessoas com próstata à medida que envelhecem. Por comprimir a uretra, o distúrbio pode atrapalhar a passagem do xixi, fazendo com que haja dificuldade miccional, com jato mais fraco, sensação de esvaziamento incompleto, urgência para urinar e incontinência urinária. A hiperplasia benigna da próstata, como o próprio nome diz, é um crescimento benigno, que nada tem a ver com o câncer de prostata.

Gravidez e menopausa

Durante a gravidez, os músculos do assoalho pélvico são postos à prova por precisarem sustentar o útero da mulher. Além disso, no caso de um parto normal, a região sofre um esforço enorme durante o ato de expulsão do bebê. Todos esses fatores podem aumentar o risco de incontinência urinária pós-parto. Nesse sentido, a fisioterapia pélvica pode ser uma grande aliada como medida preventiva. A menopausa é outra condição que pode estar relacionada à incontinência urinária, devido ao envelhecimento dos músculos pélvicos e declínio dos níveis de estrogênio que ocorrem nessa fase.

 

Hoje, existe uma série de alternativas para tratar a incontinência urinária. O importante é ir ao médico especialista, que, em geral, é um urologista – o qual trata tanto homens quanto mulheres – e será o profissional capaz de realizar um diagnóstico correto da causa da incontinência urinária, que é um sintoma e pode ser comum a diferentes doenças e condições.

A melhor forma de recuperar o bem-estar e evitar danos mais graves é por meio de um tratamento adequado.

Você sabia que a incontinência urinária faz parte de um grupo de sintomas conhecidos como LUTS? Saiba mais clicando aqui.

 

Fontes:

A beautiful ethnic woman with cancer smiles softly with a contemplative expression as her adult daughter embraces and comforts her. The women are cherishing time together outside at sunset.

Leucemia mieloide aguda (LMA): entenda os sinais, causas, diagnóstico e tratamento desse tipo de câncer

Como acontece?

O câncer é uma doença que se inicia devido ao crescimento e multiplicação anormal e descontrolados das células, que se agrupam e podem causar a origem de uma massa, conhecida popularmente como tumor. No entanto, somente os chamados tumores malignos são considerados câncer. Além disso, o câncer pode ser classificado como sólido ou hematológico, sendo este último quando sua origem acontece nas células sanguíneas e, por isso, também são conhecidos como cânceres do sangue –, sendo a leucemia um dos mais comuns dessa classe1.

A leucemia tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, tecido encontrado no interior dos ossos, e que nada mais é do que o local de fabricação das células sanguíneas que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas, que por sua vez, são responsáveis por várias funções no nosso organismo, como a de proteger nosso organismo, carregar e transportar oxigênio, e de formar coágulos que evitam hemorragias2.

Existem diversos tipos de leucemia, que são divididas com base na velocidade da progressão e no tipo de células envolvidas. A leucemia mieloide aguda (LMA) é aquela que ataca toda as linhas celulares citadas acima, a caracterizando como agressiva e de rápida evolução, uma vez que o número de células leucêmicas cresce rapidamente, fazendo com que a doença se agrave num curto intervalo de tempo, especialmente em pacientes com mais idade, que podem possuir outros problemas de saúde3.

 

Quais são os sinais e sintomas?

Os sinais e sintomas da leucemia mieloide aguda não são exclusivos da doença e podem estar relacionados a outras condições clínicas. Ainda assim, caso se perceba algum deles, é importante consultar um médico para que a causa seja diagnosticada o quanto antes. Os sinais e sintomas da leucemia são consequências da invasão das células malignas na medula óssea, que atrapalham a produção das células sanguíneas normais e resultam nas seguintes manifestações clínicas4,5:

 

Quais são as causas?3

A causa da leucemia mieloide aguda é desconhecida, mas suspeita-se da associação entre:

  • Idade, sendo mais comum à medida que as pessoas envelhecem
  • Tabagismo
  • Histórico familiar da doença
  • Pessoas que possuem outras doenças do sangue
  • Pessoas que já nascem com doenças genéticas, como a Síndrome de Down
  • Exposição a altos níveis de radiação
  • Exposição a certos produtos químicos, como o benzeno
  • Tratamentos prévios de câncer como quimioterapia e radioterapia

 

Como é feito o diagnóstico?2

Diante da suspeita de um quadro de leucemia mieloide aguda, o médico onco-hematologista – responsável por diagnosticar e tratar cânceres do sangue como a leucemia – poderá solicitar os seguintes exames laboratoriais:

  • Hemograma – usado para mensurar o número de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas
  • Mielograma – o médico hematologista ou patologista irá examinar uma amostra de célulasde medula óssea para analisar tamanho, formato, e contagem das células.
  • Imunofenotipagem (Citometria de Fluxo) – usado para classificar as células conforme o tipo de antígeno em sua superfície, ou seja, se são mieloide ou linfoide, e de seu estágio de desenvolvimento.
  • Testes genéticos – detectam mutações em genes específicos, que podem ajudar a definir os tratamentos mais adequados.

 

O tempo que a leucemia mieloide aguda leva para ser diagnosticada – quanto mais cedo, maiores são as chances de cura – e identificação do tipo específico são fatores essenciais para escolha de um tratamento que favoreça um desfecho favorável aos pacientes2.

 

Quais são os tratamentos disponíveis?2

O tratamento de leucemia mieloide aguda tem como objetivo destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais e deve ser iniciado logo após o diagnóstico, já que a doença pode progredir de forma muito rápida no organismo. As terapias mais comuns são:

  • Quimioterapia: podem ser monoterapias ou terapia combinada, oral ou endovenosa.
  • Terapia biológica: tratamento que ajuda o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células leucêmicas.
  • Terapia alvo: uso de drogas que atacam vulnerabilidades específicas dentro das células cancerígenas.
  • Radioterapia: procedimento bastante raro em caso de leucemias, mas pode ser indicado antes do transplante de medula óssea.
  • Transplante de medula óssea (TMO): procedimento que substitui a medula óssea doente por uma saudável.

 

Por que é importante conhecer o seu tipo de leucemia mieloide aguda?

A leucemia mieloide aguda é uma doença grave que possui diversos subtipos. Um dos fatores determinantes do prognóstico do paciente é a presença de alguma mutação genética, como, por exemplo, a mutação no gene FLT3, que representa uma evolução desfavorável para o paciente. Conhecer o tipo de mutação genética pode definir o melhor tratamento para a doença2. Lembre-se de conversar com o seu médico sobre as opções de tratamentos específicos para o seu tipo de LMA.

A leucemia mieloide aguda pode ocorrer tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta conforme o avanço da idade6. Devido a este fator e todas as dificuldades e desafios enfrentados durante uma jornada de tratamento de uma doença grave, uma das coisas que não pode faltar é o apoio aos pacientes e seus cuidadores, que enfrentam uma rotina cansativa de consultas, exames, e idas ao hospital e precisam de muita força para enfrentar essa jornada conjunta.

 

Fontes:

  1. ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). O que é câncer. Disponível em: <https://www.abrale.org.br/doencas/o-que-e-cancer/> Acessado em março de 2022
  2. ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). Manual de LMA. Disponível em <https://www.abrale.org.br/wp-content/uploads/2020/11/Manual-de-LMA.pdf> Acessado em fevereiro de 2022
  3. INCA (Instituto Nacional de Câncer). Leucemia. Disponível em <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia> Acessado em fevereiro de 2022
  4. Acute Myeloid Leukemia (AML) In Adults. Disponível em <https://www.cancer.org/cancer/acute-myeloid-leukemia/detection-diagnosis-staging/signs-symptoms.html > Acessado em fevereiro de 2022
  5. Sinais e sintomas da leucemia mieloide aguda (LMA). Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-da-leucemia-mieloide-aguda-lma/1598/332/> Acessado em fevereiro de 2022
  6. IVOC (Instituto Vencer o Câncer). Leucemia Mieloide Aguda – O que é. Disponível em <https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/leucemia-mieloide-aguda/leucemia-mieloide-aguda-o-que-e/> Acessado em março de 2022.