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Câncer Gástrico: O 4º Tipo de Câncer Mais Comum entre Homens no Brasil

Dedicar-se ao trabalho, vida pessoal e outras tarefas, muitas vezes, faz com que não demos a devida importância aos cuidados com a nossa saúde, procurando ajuda médica somente quando nos deparamos com algum sintoma que evidencia que algo não vai bem, não é mesmo?

Mas você já parou para pensar que existem doenças silenciosas, que normalmente só apresentam sinais quando estão em estágio avançado? O câncer de estômago, conhecido também como câncer gástrico, é um destes casos, pois pode se desenvolver lentamente ao longo de muitos anos. Por isso, saber sobre seus possíveis sinais e sintomas, além de manter o check-up sempre em dia, é fundamental para obter um diagnóstico precoce da doença e, assim, aumentar a chance de um tratamento bem-sucedido.

Quais são os sinais e sintomas do câncer gástrico?

O câncer de estômago, na maioria das vezes, desenvolve-se sem apresentar nenhum sintoma especifico2. Porém, quando isso acontece, alguns sinais para ficar atento são:

  • Perda de peso sem causa aparente
  • Azia e má digestão
  • Perda de apetite
  • Fraqueza e cansaço
  • Sensação de estômago cheio, mesmo comendo pouco
  • Náuseas e desconforto abdominal persistente
  • Vômito com sangue ou sangue nas fezes 

Por serem sintomas comuns a outras doenças, é importante que eles sejam investigados por um médico especialista, que neste caso é um gastroenterologista, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Como é feito o diagnóstico?

O principal exame para diagnosticar tumores no estômago é a endoscopia digestiva alta, um procedimento capaz de visualizar o esôfago e o estômago, e que, caso necessário, permite que o médico colha material para biópsia, a fim de confirmar ou não o diagnóstico e definir qual o tipo de tumor.

Caso o câncer seja confirmado, o médico solicitará exames adicionais para fazer o estadiamento, isto é, avaliar o estágio da doença, levando em consideração o tamanho do tumor, a localização e eventual disseminação para outras partes do corpo (metástase). 

O que pode aumentar o risco de desenvolver a doença?

Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de estômago, entre eles:

  • Excesso de peso e obesidade
  • Consumo excessivo de álcool e sal
  • Tabagismo
  • Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori)
  • Sexo: a doença é mais comum em homens do que em mulheres
  • Idade: o câncer de estômago costuma aparecer em pessoas com mais de 55 anos
  • Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago
  • Presença de alterações genéticas

Quais são os possíveis tratamentos?

O tipo de tratamento varia de acordo com o estágio da doença. As abordagens indicadas para os tumores gástricos de maior incidência são:

  • Cirurgia: quando a doença é localizada, ou seja, se está restrita ao órgão e aos gânglios linfáticos ao redor, o principal tratamento é a cirurgia. Durante o procedimento, o cirurgião verifica se não há disseminação do tumor e decide se há necessidade de retirar todo o estômago ou apenas parte dele, dependendo de fatores como a localização específica do tumor, a extensão da lesão e o subtipo de câncer
  • Quimioterapia: pode ser feito antes e/ou após a cirurgia, para aumentar as chances de cura (exceto nos tumores mais iniciais), e é realizada por meio de medicamentos que eliminam as células cancerígenas, os quais podem ser tomados via oral ou por injeção nas veias.
  • Radioterapia: em casos específicos, também pode ser necessário o tratamento com radioterapia após a cirurgia, que é realizado associado à quimioterapia.
  • Terapia-alvo: este tipo de tratamento é utilizado em casos avançados da doença, e tem o foco de combater moléculas específicas, direcionando a ação dos medicamentos às células cancerígenas, provocando poucos danos às células normais4. Os principais biomarcadores no cenário do câncer gástrico – que podem ser detectados por meio de testes genéticos e são fundamentais para determinar a escolha do melhor tratamento e monitorar a resposta da doença – são o HER-2, o PD-L1, além de novos alvos em estudo como o CLDN18.2 (Claudina 18.2) e o FGFR2b5.

Como reduzir o risco de desenvolver a doença?

Para reduzir os fatores de risco associados ao câncer de estômago e, por consequência, diminuir as chances de desenvolver a doença, recomenda-se seguir uma alimentação saudável, evitando o consumo em excesso de sal e bebidas alcoólicas, manter um peso corporal ideal de acordo com seu sexo, idade, altura, biotipo e existência ou não de doenças associadas, além de não fumar.

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Fontes:

  1. Oncoguia. Sobre o câncer de estômago. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/756/132/> Acessado em abril de 2022
  2. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Brasil – Estimativas de casos novos. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil> Acessado em abril de 2022
  3. Hospital A. C. Camargo. Estômago. Disponível em: <https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/estomago> Acessado em abril de 2022
  4. Oncoguia. Terapia alvo para câncer de estômago. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/terapia-alvo-para-cancer-de-estomago/1770/275/>
  5. Oncoguia. Importância do biomarcador HER2 no contexto do câncer gástrico. Disponível em: <https://oncologiabrasil.com.br/importancia-do-biomarcador-her-2-no-contexto-do-cancer-gastrico/> Acessado em abril de 2022

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