Group of young pregnant women lying on yoga mats when tonning up muscles of pelvic floor

Fortalecer o assoalho pélvico antes da gestação pode prevenir incontinência urinária

Apesar de causar grande desconforto e ser pouco falado entre as mulheres acima dos 40 anos, a perda involuntária da urina é mais comum do que se imagina. Segundo o estudo Brasil LUTS, 45,5% das mulheres têm incontinência urinária[1], que pode ser causada por diversos fatores, entre eles a idade, a gestação e o trabalho de parto. A boa notícia é que a condição pode ser prevenida com um fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico – conjunto de músculos responsáveis por sustentar a bexiga, uretra e útero.

Vivenciar esses sintomas após a gestação é sinal de alerta. Isso porque durante a gravidez, os músculos do assoalho pélvico precisam sustentar o útero com o peso do bebê em formação.

“Com o crescimento e encaixe do feto durante a gestação, o mecanismo de continência da mulher, bem como o esfíncter e a musculatura pélvica sofrem uma compressão, afetando a vascularização e a inervação da região e gerando lesão ou fraqueza da musculatura. Por isso, a gestação é considerada um fator de risco para incontinência urinária. Além disso, durante o parto vaginal pode haver uma lesão nas estruturas de continência e esfíncter, podendo gerar incontinência urinária no pós-parto”, explica o urologista Dr. Marcos Freire.

Nesse sentido, a fisioterapia pélvica pode ser uma grande aliada como medida preventiva.

“Nos casos de gestações planejadas é recomendado que a fisioterapia pélvica seja iniciada antes de engravidar e/ou durante a gestação. Dessa forma, o assoalho pélvico é fortalecido, ajudando a prevenir a incontinência urinária”, acrescenta Dr. Marcos.

Apesar de a gravidez ser uma das causas que podem levar as mulheres a terem incontinência urinária, obesidade e doenças que comprimem a bexiga também são fatores de risco, assim como a idade. A boa notícia é que tem tratamento. Hoje, existem diversos medicamentos com eficácia comprovada para casos de incontinência de urgência, especificamente. Em casos mais complexos, também é possível realizar procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, de baixo risco e rápida recuperação².

O grande desafio da condição é o diagnóstico.

“Falar sobre os sintomas do trato urinário, como a incontinência está no topo da lista dos tópicos que geram maior desconforto entre as pessoas, principalmente, entre as mulheres. Essa vergonha e estigma que gira em torno da condição pode retardar a procura por um urologista para que seja feito o diagnóstico correto. Por isso, é importante saber que a incontinência urinária pode ser tratada, a fim de melhorar qualidade de vida, autoestima e bem-estar, complementa o urologista.

 

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Fontes: 

  1. Wiley Online Library. The prevalence of lower urinary tract symptoms (LUTS) in Brazil: Results from the epidemiology of LUTS (Brazil LUTS) study. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/nau.23446. Acessado em 23 de fevereiro de 2022.
  2. Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) – Portal da Urologia. 6 perguntas sobre incontinência urinária. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/faq/6-perguntas-sobre-incontinencia-urinaria/. Acessado em: 23 de fevereiro de 2022.

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