Segundos dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2100, 40% da população brasileira serão de pessoas idosas. Como comparação, em 2010, a proporção dos indivíduos acima dos 60 anos era de 7,3%1.
E por que essa informação é relevante? Pois isso pode significar um potencial aumento de doenças relacionadas ao envelhecimento, como os tipos de cânceres que são mais incidentes conforme o avanço da idade, tal como a leucemia mieloide aguda (LMA)2.
Estamos falando de uma doença debilitante, já que, para vencê-la, os pacientes precisam enfrentar uma jornada de tratamento exaustiva, que envolve idas frequentes ao hospital, rotina de exames, além da necessidade de lidar com mudanças emocionais e até mesmo sociais.
Dentre os sentimentos relatados por pacientes diagnosticados com LMA que foram entrevistados por um estudo provido pela Astellas, evidenciou-se3:
- Choque emocional: por ter de lidar com uma doença que não dá sinais e acontece subitamente.
- Sensação de isolamento social: muitas vezes, o tratamento para leucemia requer que os pacientes fiquem isolados, pois estão enfrentando uma doença maligna que ataca as células de defesa do organismo (glóbulos brancos), inibindo sua habilidade de proteção contra infecções por bactérias e vírus.
- Dificuldade de expressar seus sentimentos: já que quem recebe um diagnóstico de uma doença grave coloca como prioridade, naturalmente, sobreviver a ela.
- Permanente inquietação: com medo de ter uma recidiva, ou seja, o reaparecimento da doença.
E quem cuida desses pacientes?
O câncer é uma doença que, por si só, já exige muita força e coragem por parte daqueles que a enfrentam. Quando esse paciente possui idade avançada, o cenário pode ser ainda mais delicado, visto que, além de ajuda emocional, muitas vezes, esses pacientes podem apresentar outras comorbidades, fazendo com que a jornada de tratamento da LMA seja ainda mais complexa.
Segundo o estudo “Cuidadores do Brasil”, 59% dos cuidadores familiares têm 50 anos ou mais e 27%, ao menos 60 anos. Em outras palavras: é uma geração de idosos cuidando de outros idosos. Além disso, 34% dos familiares dizem que não se revezam com outro cuidador4, demonstrando a rotina exaustiva enfrentada por quem assumiu zelar pela saúde do outro.
Outro dado que chama a atenção é o predomínio do sexo feminino no papel de quem cuida, seja exercendo a função como familiar – das quais 91% são mulheres -, ou profissionalmente – representando 83% das entrevistadas4.
Avanço no tratamento de LMA
Graças ao avanço da medicina nas últimas décadas, hoje, já existem medicamentos para os tipos mais graves de leucemia, como a LMA5, propiciando uma significativa melhora no tratamento da doença e da qualidade de vida dos pacientes e seus cuidadores.
Continue navegando no nosso blog para saber mais sobre a LMA, seus sintomas, diagnóstico e tratamentos e nos siga nas redes sociais!
Fontes:
- IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Projeções indicam aceleração do envelhecimento dos brasileiros até 2100. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=38577&catid=10&Itemid=9> Acessado em março de 2022.
- INCA (Instituto Nacional de Câncer). Leucemia: tipos e subtipos. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia> Acessado em março de 2022.
- Life with Acute Myeloid Leukaemia. Disponível em: <https://behindaml.com/> Acessado em março de 2022.
- Instituto Lado a Lado pela Vida. Cuidadores do Brasil. Disponível em: <https://ladoaladopelavida.org.br/wp-content/uploads/2021/09/pesquisa-cuidadores_digital.pdf> Acessado em março de 2022.
- De Kouchkovsky I, Abdul-Hay M. Blood Cancer J. 2016 Jul 1;6(7):e441.
Add a Comment